A Seleção mais vitoriosa da extinta Copa dos Rios do futebol do interior do Amazonas, Fonte Boa, nesta recém criada Copa da Floresta, busca sua vaga para semifinal da competição no Tribunal de Justiça Desportiva do Amazonas (TJD), devido a utilização por parte de Tefé de vários jogadores profissionais na partida final do grupo 2 entre Fonte Boa x Tefé, realizada no dia (28/8) em Alvarães. Partida que Fonte Boa chegou até a estar vencendo por 2x0 e Tefé empatou nos acréscimos levando a partida para a cobrança de penalidades. Nos pênaltis Tefé levou a melhor sobre Fonte Boa.
A denúncia primeiramente foi feita ao TJD-AM, onde Fonte Boa apresentou a ficha de cadastro de 7 atletas profissionais da CBF e CBF7. Nas alegações do Procurador da Liga de Fonte Boa, ele baseia o pedido de Exclusão da Competição da equipe de Tefé, tendo como base o Artigo 214, do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), que diz o seguinte: “Incluir na equipe, ou fazer constar da súmula ou documento equivalente, atleta e Treinador em situação irregular para participar de partida, prova ou equivalente”. De acordo ainda com a denúncia da liga fonteboense, o campo de jogo onde foi realizada as partidas do Grupo 2, estavam em desacordo com a regra de futebol, estabelecidas pela FIFA e CBF, istó é, um campo de futebol para realização de partidas oficiais no máximo deve ter 120m e no mínimo 90m no comprimento e na largura no mínimo 45m e no máximo 90m.
O campo onde foram realizadas as partidas tinham apenas 73m de comprimento e 43 de largura, o que pode ter favorecido atletas habituados a disputarem campeonatos profissionais de Futebol de 7, onde o campo de jogo tem quase essas proporções, destaca a liga.
Disputa FAF X TJD-AM “ATRAPALHA”
A falta de entendimento entre a Federação Amazonense de Futebol e o Tribunal de Justiça Desportiva, que se gerou após uma decisão do TDJ excluindo a seleção de Humaitá, pode ter sido o motivo que levou a esse desentendimento. Segundo as palavras do apresentador do programa FAN ESPORTES, Gilmar Couto, em programa apresentado por ele no youtube.
Entenda o caso:
Copa da Floresta: TJD-AM determina eliminação da Liga de Humaitá por escalação irregular.
O atleta Marcos Malta atuou no futebol profissional e defendeu a equipe, que foi campeã do grupo 4 e estava classificada às semifinais da competição.
Campeã do grupo 4 e semifinalista, a Seleção de Humaitá está fora da disputa da Copa da Floresta. A 1ª Comissão Disciplinar do Tribunal de Justiça Desportiva (TJD-AM) condenou a equipe com a eliminação da competição, em julgamento realizado na tarde da última quarta-feira (20). Além da pena, a Liga de Humaitá terá que desembolsar R$ 1 mil de multa. A decisão cabe recurso da defesa.
A punição aconteceu por conta da escalação irregular do atleta Marcos Malta, de 26 anos de idade, que tem na carreira passagem no futebol profissional e atuou profissionalmente em 2022, situação que fere o regulamento do torneio de futebol não profissional organizado pela Federação Amazonense de Futebol (FAF).
O caso é semelhante ao de fonte Boa x Tefé, mas devido o distanciamento do TJD dos casos relacionados ao Futebol Amazonense, a Procuradoria do TJD encaminhou na última segunda-feira (25) resposta a Liga de Fonte, informando que remetesse o recurso a FAF, pois segundo a procuradoria do TJD a FAF passaria a ter seu tribunal independente para julgar os casos do futebol regido por ela.
Seguindo o que foi orientado pelo TJD, a Liga entrou em contato com a FAF que explicou que isso era um caso que ainda estava sendo tratado pela entidade e que no momento não haveria nenhum setor na FAF especifico para funcionar como tribunal e nem procurador nomeado para receber as denúncias.
De acordo com a Liga fonteboense esse afastamento do Presidente do TJD logo após a eliminação de Humaitá, está prejudicando Fonte Boa, que já deveria ter seu caso analisado pelo TJD-AM. Outro fato estranho foi que assim que a liga entrou em contato com a FAF, para pedir informações sobre como seguir com a denúncia, eles publicaram a tabela das semi-finais, sem mesmo analisarem o mérito da denúncia.
Entenda o afastamento por 30 dias do presidente do TJD-AM, após a denúncia da FAF.
A medida é válida por 30 dias, também foi aplicada à secretária do tribunal. Representação foi feita pela Federação Amazonense de Futebol.
O presidente do Tribunal de Justiça Desportiva do Amazonas (TJD-AM), Edson Rosas Júnior, foi afastado por 30 dias do cargo na corte amazonense. A decisão foi do Auditor Corregedor Geral do Tribunal Pleno do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), Felipe Bevilacqua. A secretária do tribunal, Larissa Ponce Guimarães, também recebeu a mesma punição.
Tanto Edson Rosas quando sua secretária foram alvos de uma representação do presidente da Federação Amazonense de Futebol, Ednailson Rozenha, que entrou com uma representação Ético Disciplinar pedindo o afastamento imediato por conta de supostas irregularidades gravíssimas.
Em seguida, o corregedor determina:
O AFASTAMENTO IMEDIATO inaudita altera pars do Sr. Edson Rosas Junior do cargo de Presidente do Tribunal de Justiça Desportiva do Amazonas – TJD/AM e da Sra. Larissa Pontes Guimarães do cargo de Secretária Geral, sendo vedado a ambos o ingresso, permanência e acesso as dependências e documentos do TJD/AM, bem como de qualquer outra Entidade Desportiva no Estado do Amazonas pelo prazo inicial de 30 (trinta) dias, passível de renovação;
A Liga de Fonte Boa, falou ainda a nossa reportagem que estuda agora lançar o caso diretamente ao STJD já que não encontra a quem recorrer na esfera estadual.
