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Com 34 mortes, Colômbia declara emergência sanitária por febre amarela

Há 74 casos confirmados e 34 mortos, diz ministro da Saúde.

Com 34 mortes, Colômbia declara emergência sanitária por febre amarela
Imagem: Divulgação (Semsa Manaus).
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Notícias da Fronteira – O governo da Colômbia declarou emergência sanitária por febre amarela. De acordo com o ministro da Saúde do país, Guillermo Afonso Jaramillo, os casos da doença vem sendo registrados na região desde setembro do ano passado. Ao longo deste ano, segundo ele, apesar dos esforços para conter as infecções, o cenário se agravou.

“Ao todo, temos 74 casos confirmados e 34 falecidos. É uma enfermidade com mortalidade de cerca de 50% em pessoas infectadas”, destacou Jaramillo, em vídeo onde declara a situação de emergência sanitária. Segundo ele, equipes de saúde visitam áreas de risco e passam de casa em casa para imunizar a população.

Na rede social X, a pasta pede que toda a população apta se vacine contra a febre amarela, no intuito de evitar complicações da doença. A faixa etária para receber a dose foi ampliada no país e, em regiões consideradas de maior risco para a doença, crianças a partir de 9 meses podem ser imunizadas.

Amazonas em Alerta!

Com as morte confirmadas na Colômbia, o Amazonas também entra em alerta para casos de febre amarela. Em Manaus, Segundo a SEMSA, a capital tem baixa cobertura da vacinação contra a doença. O imunizante é gratuito e está disponível na rede pública.

A febre amarela é um das principais doenças endêmicas da região amazônica.

Segundo a Semsa, a baixa cobertura vacinal contribui para o risco de ocorrência de novos casos na capital. Atualmente, o índice na cidade é de 66,04%, entre menores de um ano, distante da meta de 95% definida pelo Ministério da Saúde.

A doença

A febre amarela é uma doença infecciosa febril aguda, incompreensível, de evolução abrupta e gravidade variável, com elevada letalidade nas suas formas graves. Causada por um vírus transmitido por mosquitos, ela possui dois ciclos de transmissão (urbano e silvestre).

No ciclo urbano, a transmissão ocorre a partir de vetores urbanos (Aedes aegypti) infectados. No ciclo silvestre, os transmissores são mosquitos com hábitos predominantemente silvestres, sendo os gêneros Haemagogus e Sabethes os mais importantes.

No ciclo silvestre, primatas não humanos são considerados os principais hospedeiros, amplificadores do vírus e são vítimas da doença assim como o ser humano que, neste ciclo, apresenta-se como hospedeiro acidental.

Os sintomas iniciais da febre amarela incluem início súbito de febre; dores no corpo em geral; calafrios; náuseas e vômitos; dor de cabeça intensa; fadiga; dores nas costas; e fraqueza.

A maioria das pessoas melhora após estes sintomas iniciais. No entanto, cerca de 15% apresentam um breve período de horas a um dia sem sintomas e, então, desenvolvem uma forma mais grave da doença.

Prevenção

A vacina é a principal ferramenta de prevenção da febre amarela. O Sistema Único de Saúde (SUS) oferta vacina contra febre amarela para toda população. Desde abril de 2017, o Brasil adota o esquema vacinal de apenas uma dose durante toda a vida, medida que está de acordo com as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS).

Atenção às crianças menores de 9 meses de idade, pois não irão receber a vacina, devendo utilizar-se repelente de acordo com as orientações de faixa etária de cada produto, bem como utilizar mosquiteiros e ou ambiente protegido.

Além da vacina, deve-se manter os cuidados para evitar a proliferação dos mosquitos, mantendo as casas e as ruas limpas sem acúmulo de água parada, habitat ideal para reprodução dos vetores.

Locais que têm matas e rios, onde o vírus e seus hospedeiros e vetores ocorrem naturalmente, são consideradas como áreas de risco. No Brasil, no entanto, a vacinação é recomendada para as pessoas a partir de 9 meses de idade conforme orientações para vacinação e que residem ou se deslocam para os municípios que compõem a Área Com Recomendação de Vacina.

Em áreas as áreas consideradas de maior risco de exposição como matas, florestas, rios, cachoeiras, parques e o meio rural, utilizar roupas recomenda-se que medidas de proteção individual sejam adotadas, principalmente para quem tem alguma contraindicação para receber a vacina como: usar repelente de insetos de acordo com as indicações do produto; proteger a maior extensão possível de pele através do uso de calça comprida, blusas de mangas compridas e sem decotes, de preferência largas, não coladas ao corpo, meias e sapatos fechados; evitar na medida do possível o deslocamento para áreas rurais e, principalmente, adentrar em matas, seja a trabalho ou turismo; passar o maior tempo possível em ambientes refrigerados, uso de mosquiteiros e telas nas janelas.

Período de Incubação

O período de incubação, ou seja, o tempo que os sintomas vão começar a aparecer a partir da infecção, varia, em média, 3 a 6 dias, após a picada do mosquito infectado.

Diagnóstico

É clínico, epidemiológico e laboratorial.

Específico

Os exames são realizados pelo Laboratório Central do Estado (LACEN), devendo-se realizar o cadastro da amostra no Gerenciador de Ambiente Laboratorial (GAL), informando-se os dados da ficha de notificação do SINAN. O método diagnóstico deverá ser solicitado conforme a data de início dos sintomas: 1-Até 5 dias: PCR (Biologia Molecular) para Febre Amarela; 2-Entre 6 e10 dias do início dos sintomas: PCR e Sorologia (IgM) para Febre Amarela; 3-Após 10 dias de início dos sintomas: sorologia IgM para Febre Amarela. 

Cuidados médicos 

Ao apresentar sintomas semelhantes ao da febre amarela, procure imediatamente a unidade de saúde mais próxima do seu município, em busca de orientações médicas. 

 

FONTE/CRÉDITOS: Redação Fboa em Tempo - Empresa Brasil de Comunicações (EBC)

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